Victor Amaro – Terra Educação – 07/11/2012 – São Paulo, SP
Um grupo de voluntários brasileiros uniu forças para viabilizar a construção de uma escola na Libéria, um dos países mais pobres da África. São mais de 30 pessoas, de diferentes origens, idades e profissões, que trabalham na captação de recursos para erguer paredes, garantir energia elétrica renovável, água, saneamento, material didático e qualidade de ensino por meio do projeto `Escola de Bambu`.
A ação teve início em 2010, quando o jornalista paulista Vinicius Zanotti, 27 anos, conheceu de perto a realidade da educação na Libéria, país com o 6º pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo. A viagem deveria durar 15 dias, mas se estendeu por dois meses por conta de um tratamento forçado contra malária, contraída por lá. Foi quando o jovem conheceu Sabato Neufville, que lhe apresentou seu `projeto de vida`.
Neufville é fundador do United Youth Movement Against Violence (Movimento da Juventude Contra a Violência, em tradução livre) e pai adotivo de nove crianças liberianas órfãs de guerra. Com um salário de US$ 800 mensais, o trabalhador freelancer da Organização das Nações Unidas (ONU) construiu a única escola do vilarejo de Fendell, na periferia da capital Monróvia. A unidade de ensino não tem energia elétrica, nem água, nem banheiro. Faltam ainda livros e cadernos. Os professores, cujos salários giram em torno de US$ 20 por mês, são pagos pelo próprio Neufville.
É muito interessante que pessoas se unam para tentar levar um pouco de dignidade a crianças e adolescentes, ainda mais se tratando de Brasileiros, isso mostra que os brasileiros estão se preocupando mais com a educação principalmente em locais onde ela é precária. Tomara que de certo assim essas pessoas poderam ter acesso a educação e assim se tornarem seres educados e capacitados para atuar no país e no mundo.
É de atitudes como estas que devemos nos orgulhar, de pessoas com grandes propósitos e que além de objetivarem algo, levam para a prática.